sábado, 23 de abril de 2011

Por que, Senhor?



Cena um. Meia noite. O casal descansa alheio a qualquer perigo.

Uma garota entra no quarto nas pontas dos pés, para não fazer barulho. Comprova que os donos da casa dormem, desliga o sistema de alarme e acende a luz do corredor externo, para facilitar a entrada de outros dois jovens. Antes que cheguem, a jovem busca luvas de plástico e meias femininas para proteger as mãos e os rostos. Minutos depois entram no quarto e matam o homem e a esposa a pauladas. Os dois jovens agridem o casal. A garota observa tudo sem ação. Uma vez concretizado o crime, ela e um dos garotos, que é seu namorado, vão a um a motel para forjar um álibi.

Às três da manhã a filha mais velha do casal assassinado dirige seu carro à alta velocidade. Esteve na rua e, antes de voltar para casa, busca seu irmão mais novo, que se encontra em um local de jogos eletrônicos. Ao chegar, encontram a cena de horror e sangue: os pais assassinados com crueldade e violência. A filha se desespera e amaldiçoa as pessoas que foram capazes de cometer semelhante brutalidade. No dia seguinte, no enterro, chora descontroladamente e quase desmaia. Alguns dias depois, a polícia descobre os assassinos. Quem arquitetou o plano sinistro foi à própria filha das vítimas. Sim, a garota que, no cemitério, chorava desamparada o dia do enterro de seus pais.

Cena dois. Vinte e nove de março de 2008, zona norte de São Paulo. Uma menina de cinco anos é encontrada no jardim do Edifício London, caída e ferida, após ter sofrido uma queda da altura de seis andares. O pai afirma a polícia que alguém teria entrado em seu apartamento e arremessado a menina enquanto buscava a esposa e os filhos no estacionamento do edifício. A tela de proteção de seu quarto estava cortada e havia sangue no quarto da criança. Depois de acurada investigação chegou-se a conclusão que a menina havia sido sufocada pela madrasta e arremessada pelo próprio pai do sexto andar.

Episodio de algum filme de terror? Não. Realidade pura. Aconteceu em uma grande cidade e a notícia deu a volta ao mundo. O que aconteceu na mente de uma jovem de 18 anos e de um pai para cometer um ato tão horrendo? Quem pode explicar? As Sagradas Escrituras dizem que nos dias finais haveria indivíduos “desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis” (2 Timóteo 3:2,3).Poderíamos escrever folhas e mais folhas sobre as atrocidades familiares que vemos que com cada vez mais freqüência ganham destaque na mídia. Pais matando filhos, filhos agredindo os pais, irmão se levantando contra irmão. Muitos se perguntam, por que, Senhor?

Por que isso acontece na minha família, por que isso acontece comigo? Por que meus pais se divorciaram? Por que amam mais a meu irmão do que a mim?

E com essas referências se envolvem com o crime, com as drogas, com a prostituição, usando como empecilho esses fatores para atribuírem aos seus familiares os seus próprios erros. Mas será que o favoritismo dentro das famílias, o divórcio e outros fatores realmente podem ser considerados como um escape para esse tipo de atitude?

A bíblia está repleta de histórias que apresentam famílias que se desestruturaram e isso promoveu grandes conseqüências. Caim e Abel, Esaú e Jacó, Amnom e Tamar dentre muitas outras. Porém uma muito interessante analisaremos essa semana que é a história de José e seus irmãos e como as más escolhas do passado podem interferir no presente e no futuro. Trama de assassinato, mentiras e favoritismo dão tempero a essa história que tem muito a nos ensinar. Por que o ser humano age dessa maneira? Por que muitas pessoas estão escolhendo um falso senhor para governar a vida. Quem é o soberano em sua vida?

Um forte abraço.

Por Maiara Maciel.

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